O bullying no ambiente de trabalho

O bullying no ambiente de trabalho

Muitas vezes nos deparamos com comentários infelizes sobre um colega ou até mesmo uma cena que não deveria ter acontecido. E isso pode ser considerado bullying no trabalho, uma pratica desnecessária e criminosa.

Veja aqui o que é considerado assedio no mercado de trabalho, o limite das brincadeiras. Descubra também algumas praticas mais comuns e dados levantados sobre o assunto.

O que é bullying?

O bullying é a banalização e/ou atribuição de características pessoais a determinado indivíduo, quando, geralmente em tom de brincadeira, este é exposto de forma negativa perante os demais. O termo se originou na língua inglesa: “Bully” significa “valentão”, e o sufixo “ing” representa uma ação contínua.

Essas agressões podem ser de ordem verbal, física e psicológica, tendo uma evolução, quando acontece as três ao mesmo tempo. Elas também podem ser feitas por um grupo de possas ou disparadas individualmente, fazendo com que ameaças sejam criadas no meio do dialogo.

As vítimas são intimidadas, expostas e ridicularizadas. São chamadas por apelidos vexatórios e sofrem variados quadros de agressão com base em suas características físicas, seus hábitos, sua sexualidade e sua maneira de ser.

Além disso, essa pratica é trazem marcas em toda a fase da vida. Os danos causados podem ser profundos, como a depressão, distúrbios comportamentais e até o suicídio.

No contexto corporativo, o bullying no trabalho também é conhecido como mobbing, e passa a ser um tipo de violência quando envolve atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que acontecem sem motivação evidente, tomadas por uma pessoa ou mais contra outra(s).

O bullying no trabalho

Infelizmente esse tipo de situação no local de trabalho é conhecido pelos profissionais: de acordo com uma pesquisa do instituto americano Workplace Bullying, 62% dos agressores são homens e 58% dos alvos são mulheres. As mulheres afirmam ter provocado outras mulheres em 80% dos casos.

As violências mais experimentadas no papel de vítima foram em primeiro lugar o apelidamento (52,5%), em segundo lugar as intrigas e fofocas (47,5%), seguidas de brincadeiras de mau gosto (37,5%), humilhações (32,5%) e desprezo e exclusão (32,5%), respectivamente.

Já segundo dados do site CareerBuilder, 28% dos profissionais entrevistados já sofreram bullying no trabalho. Vale lembrar que a prática refere-se ao ato de violência física ou psicológica intencional e repetida. A pesquisa revelou também que 19% dos profissionais violentados deixaram ou trocaram de emprego por causa desta prática.

E as empresas, estão preparadas para lidar com bullying?

De acordo com a Stanton Chase, uma empresa de consultoria presente em diversos países, as pessoas de forma geral não estão preparadas para lidar com o bullying.

O brasileiro não abraça o enfrentamento. Ele prefere não confrontar e isto está na cultura, em função do modelo de colonização do país. Outros países, principalmente os europeus, estão mais acostumados ao questionamento, ao confronto, às perguntas diretas e à resolução de problemas de forma menos emocional do que os brasileiros.

Por outro lado, o bullying é uma discussão mundial, por isso, muitas companhias acolhem de forma assertiva seus funcionários que passam por esse cenário. E há também aquelas que dão punições severas, como a demissão por junta causa, processos e multas.

Como identificar práticas de bullying nas organizações?

A postura do corpo gerencial será fundamental para identificar práticas de bullying. É necessário que a diretoria como um todo se posicione claramente sobre a abertura à diversidade e por não aceitar preconceitos no seu quadro funcional.

É preciso que os gerentes tenham a confiança das pessoas para que um funcionário que se sinta discriminado, possa vir conversar com seu gestor, sem ser penalizado ou ridicularizado.

A empresa que tem gerentes maduros emocionalmente, tem uma chance muito maior de ter uma equipe mais franca, mais pronta para o novo e mais aberta às diferenças interpessoais. É ideal que as lideranças tóxicas acabem, e que treinamentos e rodas de conversas aconteçam com frequência.

Qual a melhor maneira de lidar com bullying? 

A postura adequada para se lidar com o bullying é um posicionamento claro em relação a esta prática, como passível de demissão, porque significa discriminação e pode fazer com que a empresa incorra em custosas multas.

Quanto mais os valores organizacionais possam valorizar a diversidade, o respeito, o trabalho em equipe e o bom humor, mais a empresa estará demonstrando que é aberta ao novo e mostrando que só assim ela pode, de fato, representar um extrato da sociedade, onde há todos os tipos de pessoas.

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Vale lembrar que lidar com o diferente ensina, nos faz ver o mundo com outros olhos, nos torna mais flexíveis, mais atentos às diferenças e à sociedade de uma forma geral.

Certamente a pessoa que faz o bullying tem pouca capacidade de empatia, de se colocar no lugar do outro, e precisa de mais amadurecimento emocional, para aprender a conviver com respeito com outras pessoas e as organizações devem estar atentas a situação sempre.

Tipos de bullying no trabalho

Além das brincadeiras sem graça, da exclusão, há alguns bullyings mais populares nos escritórios. Veja quais abusos são e suas descrições.

1. Abuso psicológico

O bullying tem contribuído para o aumento de doenças psicológicas, pois gera um sentimento de incapacidade, coação psicológica e violência emocional na vítima.

Os sinais indicadores de que se está sendo assediado moralmente manifestam-se dentro e fora da empresa, e incluem apreensão na hora de ir trabalhar, agitação e ansiedade.

“É um mal que destrói carreiras e vidas, por isso é necessário conscientização e empenho de empregadores, e, principalmente, dos trabalhadores, que são os maiores precursores desse tipo de prática”, explica a psicóloga organizacional Suzana Correa.

2. Tolerância zero

Para promover um ambiente de trabalho positivo, as organizações também precisam estar mais atentas e reconhecer o problema que o bullying acarreta para a autoestima dos seus colaboradores.

Suzana explica que as políticas das empresas devem estabelecer orientações para casos de bullying em qualquer esfera, e ajudar a divulgar os canais de comunicação onde se possa relatar a má conduta, além de garantir uma punição grave.

“Vale lembrar que o assédio moral está previsto no artigo 483 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), podendo causar demissão do agressor por justa causa e pagamento de indenização para a vítima”, finaliza a psicóloga organizacional.

3. Abuso de autoridade

Em alguns casos, o bullying no trabalho vem do próprio chefe, que o pratica com seu time interno. Muitas vezes ele se manifestas nas reuniões, nas brincadeiras e/ ou até de uma maneira mais seria: quando faz uma passada de mão em sua funcionaria.

Por terem medo da hierarquia e da demissão, muitos trabalhadores costumam ficar quietos e reclamarem apenas entre sí sobre essa atitude do gestor. Mesmo que difícil, o ideal é que esses assuntos sejam repassados ao RH e a diretoria.

Segundo a consultora de recursos humanos Flávia Moreira Pinto, essa consciência não vai, necessariamente, acabar com o assédio moral. “Mesmo na melhor das circunstâncias, haverá pessoas que se comportarão mal”, afirma.

Neste caso, é importante que os colaboradores abordem o assunto de forma sincera, e relatem quando se sentirem ofendidos com algum tipo de tratamento hostil.  “O agressor tem que ser avisado que esse comportamento não será tolerado e ponto final”, ressalta Flávia.

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O bullying no trabalho não deve ser ignorado e nem tratado como assunto irrelevante. O mercado de trabalho deve ser um local acolhedor e seguro para todos. Se você conhece alguém que pratica esse crime, denuncie. E se você está sofrendo, busque ajuda.

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