Tão importante quanto a rentabilidade de uma empresa é a avaliação da amplitude de seu objetivo social. É no papel social assumido que se mede a grandeza de um empreendimento e é, ainda, nas oportunidades que oferece ao mercado de trabalho que se dimensiona o suporte de seus valores e missão.

A empresa é, portanto, a expressão corrente do mercado de trabalho. Reflete seus anseios, suas metas, seus objetivos, agregados a uma série atemporal, cujo limite é a amplitude do desenvolvimento social. Assim, na medida em que a sociedade é desenvolvida, mais abrangente é o papel social das empresas, pois são elas que sustentam a estrutura da sociedade.

Nesses termos, cada vez mais a empresa absorve funções sociais e, nessa complexidade crescente, a estrutura empresarial tende à especialização científico-tecnológica como única resposta capaz de sustentar o desenvolvimento social.

O nível de especialização exigido pela sociedade transcende os objetivos da empresa, extravasa suas funções orgânicas, estratificando-se nas funções dos cargos, que são a sustentação do desenvolvimento tecnológico.

E é na complexidade das funções pertinentes a cada cargo que se explicitam as exigências de uma sociedade desenvolvida. É no desempenho dessas funções que se encontram as alavancas do crescimento das empresas.

São, portanto, as funções dos cargos que respondem pela exigência de uma estrutura empresarial, na mesma dimensão em que as funções das empresas respondem pela existência de uma estrutura social.

É por essa exclusiva razão que se empresta à complexidade das funções dos cargos o embasamento das funções da empresa, e nessa complexidade, mensurada à luz de fatores pertinentes à própria estrutura do empreendimento, se dimensiona sua importância no contexto da estrutura social.

A existência do processo de administração de cargos e de avaliação das habilidades e competências que os compõem, sua mensuração, seus parâmetros, não é uma exigência meramente administrativa; é a busca de um aprimoramento da empresa como única resposta aos anseios correntes do grupo social em que a organização está inserida.

Entendemos, então, que a administração de cargos é um instrumento de ajustamento e se traduz como processo de adequação da organização às exigências da estrutura social.