Além de levantar e tabular quadrimestralmente em todo território nacional as tendências salariais de aproximadamente 1.250 cargos em 49 ramos de atividade econômica, a Pesquisa Salarial e de Benefícios do Grupo Catho conta também com uma equipe de consultores que está sempre atenta ao comportamento da conjuntura econômica que envolve as relações entre o capital e o trabalho.

Segundo o consultor Mário Fagundes, da equipe de pesquisa, ficar atento aos aspectos estruturais da economia nacional e internacional é de fundamental importância na análise das políticas e práticas na Administração de Recursos Humanos, principalmente no que se refere aos salários e sua evolução, e concluindo afirma que a Pesquisa Salarial e de Benefícios do Grupo Catho é um poderoso aliado no monitoramento de mercado e por conseqüência ferramenta imprescindível nas negociações salariais externas.

Analisando a evolução salarial da Pesquisa Catho nos últimos 3 anos, constatou-se que no segundo triênio (2003/2004/2005), o crescimento dos salários foi maior que o período anterior (2000/2001/2002), embora as perdas inflacionárias do segundo período tenham consumido uma maior parcela que no período anterior.

Os resultados dos últimos três anos foram cruzados com dados do DIEESE e constatou-se que ano após ano as negociações salariais têm sido mais vantajosas para os trabalhadores, ou seja, as entidades sindicais têm obtido na manutenção do poder de compra dos trabalhadores, com exceção do primeiro semestre de 2004, onde ainda eram nítidos os impactos da crise econômica de 2003.

Um bom exemplo para análise são as categorias com data-base em Maio. Segundo o DIESSE 43% das categorias sindicais possuem data-base em maio, e a evolução do percentual de negociações de reajuste acima do INPC a cada ano, foi nitidamente sentido pelas edições da Pesquisa Salarial Catho realizadas nos meses subseqüentes de junho de 2003, 2004 e 2005. 

Para as negociações salariais de Maio de 2006 a equipe de pesquisa salarial do Grupo Catho projeta um índice inflacionário acumulado sobre Maio de 2005 em torno de 4,09%, resta saber se os trabalhadores também conseguirão obter os mesmos níveis de reposição.