Coronavírus: o que esperar do mercado de trabalho?

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O Coronavírus chegou e trouxe grandes mudanças para toda a nossa sociedade. Mudanças que não se limitam ao momento atual e não se restringem apenas à forma como nos relacionamos, nos movimentamos e nos comportamos. No mercado de trabalho, por exemplo, a crise pandêmica gera modificações agora, ao curto, médio e longo prazo. Além das modificações permanentes no pós-coronavírus.

Diante de tantas transformações que a crise do Coronavírus está causando, não faltam incertezas sobre os caminhos que o mercado de trabalho e econômico tomará. Por isso, agora é o momento de entender toda a complexidade da situação para planejar os próximos passos com mais segurança e assertividade.

Impactos do Coronavírus na geração de empregos

Com base em dados técnicos e científicos de especialistas em saúde, a principal medida para a contenção da pandemia é o isolamento social. E essa medida é a grande responsável por tantas transformações no cenário geral que estamos vivenciando e torna inevitável uma desaceleração econômica. Como as pessoas devem evitar se aproximar umas das outras e, até mesmo, evitar sair de casa, diversos empreendimentos e setores macro sofrem consequências.

Não parecem muitas as alternativas disponíveis para a parcela do mercado mais prejudicada por essas movimentações. As pequenas empresas representam 99% de todos os empreendimentos do país e a maioria delas não têm um equilíbrio consolidado nas contas nem uma reserva financeira considerável que as permita resistir a estes tempos de crise. E, com isso, elas acabam optando por demissões, suspensão de contratos e redução das jornadas de trabalho dos funcionários. 

Desemprego e o Coronavírus

Como citado há pouco, os pequenos negócios representam 99% de todos os empreendimentos do país, conforme indicou o Sebrae. Com essa representação tão importante, elas também são responsáveis por um outro índice muito relevante: hoje, cerca 70% dos empregos formais no Brasil são provenientes das pequenas e microempresas. Com as dificuldades financeiras destes empreendedores, projeta-se um grande e negativo impacto nas taxas de desemprego.

Mesmo adotando estratégias de venda online, disponíveis para negócios do setor comercial, especialistas já estimam que grande parte das empresas que inevitavelmente fecharam as portas durante a quarentena não terão fôlego para voltar às atividades quando a situação sanitária voltar ao normal. 

Segundo uma pesquisa feita pelo Sebrae, 89% das micro e pequenas empresas brasileiras já observaram queda no faturamento. Em média, a queda da receita é de 69%. Dentre os mais de 9 mil empreendedores que responderam à pesquisa, 36% afirmam que precisarão fechar o negócio permanentemente, em 1 mês, caso as restrições se estendam por mais tempo. Até o momento, as medidas de restrição ao deslocamento de pessoas já fizeram com que 42% dos empresários tomassem a decisão de fechar temporariamente o negócio e levou 26% a reduzir a jornada de trabalho da empresa. 

Setores com aumento na oferta de empregos

Na contramão das quedas de atividades que muitos setores estão enfrentando, a crise do COVID-19 trouxe efeitos positivos na geração de empregos em áreas consideradas essenciais. Há também outros segmentos com poucos impactos negativos, ou até positivos em alguns casos, como o e-commerce, tecnologia e entretenimento. Por conta do aumento da demanda de pessoas em casa, surgiu a necessidade de ampliar os processos de suporte interno dessas empresas. 

Um levantamento da Catho comparou março de 2019 com março de 2020 e indicou que os cargos relacionados às áreas da saúde, supermercadista, farmácia e logística tiveram aumento considerável na abertura de vagas de trabalho e são as que que mais apresentaram crescimento desde o início do isolamento social. 

Ainda segundo o levantamento, profissões relacionadas à área da saúde chegaram a abrir mais de 3.700 vagas em apenas uma única semana no mês de março, um aumento de 500% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto a área supermercadista chegou a mais de 6 mil oportunidades de emprego.

Contratação e entrevistas de emprego online

A pesquisa indicou também que 50% dos profissionais de Recursos Humanos acreditam na efetividade dos processos seletivos online durante a quarentena. Os principais métodos utilizados para realizar o recrutamento são videochamada, em 79% dos casos, e ligações (63%). Na sequência estão contatos via e-mail (33%), SMS (7%) e WhatsApp (2%). 

Trabalho em tempos de isolamento

Home office na quarentena

A pandemia do Coronavírus ocasionou uma infinidade de impactos no mundo todo. Um desses efeitos é a adoção do home office por parte do mercado corporativo. A medida é a alternativa mais recomendada para equilibrar com segurança a saúde financeira da empresa e a saúde física de seus colaboradores. Diante desse cenário, a tecnologia e a inovação têm auxiliado as empresas a solucionar problemas gerados nesta crise.

O Covid-19 acelerou a transformação digital. Empresas que nunca consideraram o home office como formato de trabalho tiveram que se adaptar às pressas. Investir em soluções digitais provavelmente seja a forma mais ágil e eficiente para superar os impactos desta nova crise. Toda essa movimentação forçou as empresas a repensarem e reestruturarem suas práticas de trabalho para assegurar a continuidade dos negócios e a aceleração dessas mudanças pode ser considerada uma quebra de  paradigmas laborais e que mudarão a concepção de trabalho permanentemente.

A pesquisa “Práticas de Trabalho Flexível e Remoto”, realizada pela Mercer, identificou que 88% das empresas consideram que a inclusão de uma dessas modalidades, home office e/ou horário flexível,  seria vista como um benefício pelos funcionários e seria positiva para os resultados da companhia.

Aceleração da transformação dos negócios

Outra medida ocasionada pela crise e possibilitada pela tecnologia é o investimento em modernização nas atividades comercializadas das empresas. O aumento no consumo de serviços online e compras pela internet são as grandes oportunidades a serem aproveitadas neste momento. 

Consumidores que antes eram disputados em lojas e centros comerciais agora direcionam a atenção para os canais digitais. Já aqueles que não se sentiam seguros em fazer compras pela internet, agora precisam se familiarizar e ceder aos sites para seguir com seus hábitos de consumo quanto aos itens que não são considerados essenciais. Esses elementos favorecem aqueles que conseguirem investir em e-commerce e, por consequência, favorecem uma ampliação significativa de entregadores e oportunidades de negócios para as empresas que apoiam a automação dos processos logísticos: centros de distribuição, entregas, etc.

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