Maneira de como manter a empatia nas relações de trabalho

Maneira de como manter a empatia nas relações de trabalho

A empatia pode interferir nas relações de trabalho, e saber lidar com essa questão é muito importante no ambiente corporativo. Conheça ao longo do texto maneiras interessantes para você pratica-la.

Vamos conferir?!

A importância da empatia nas relações de trabalho

Estamos caminhando para um mundo cada vez mais complexo e isso não é novidade para ninguém. Essa complexidade proporcionada pelo aumento da velocidade das mudanças também afeta a forma como interagimos com as pessoas.

Segundo dados oficiais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) – estudo realizado em 2011 – os afastamentos por problemas psicológicos no Brasil já ocupam o 3º lugar no ranking oficial.

Cada vez mais os profissionais estão sofrendo mais com estresse e depressão, provocados principalmente pela pressão que sofrem em seu ambiente de trabalho.

Segundo Denis Pincinato, especialista em Psicodrama das Organizações, no outro sentido desta corrente estão as empresas que mais se destacaram no quesito gestão de pessoas nos últimos anos. São aquelas que sabem muito bem aonde querem chegar e tem a certeza de que dependem de seus colaboradores para alcançar seus objetivos.

“De forma muito simples, essas empresas conseguiram reduzir o grau de incerteza, que é um grande gerador de tensão para qualquer ser humano, agiram com empatia, e, ao estabelecer uma comunicação direta e aberta, definiram planos de ação baseados na identificação dos pontos que mais impactam na satisfação profissional de seus colaboradores”, explica Pincinato.

Para sanar dúvidas sobre como a empatia pode impactar em nossas relações de trabalho, o especialista respondeu algumas perguntas sobre o tema. Leia mais:

Como a empatia pode interferir nas relações de trabalho?

Conhecer um pouco mais sobre a história de vida de seu colaborador ou chefe, buscar informações sobre seus sonhos e desejos, ouvir de forma verdadeira e apoiá-lo nos momentos de dúvida e tomada de decisão são os passos propostos pelo programa Empatia em Ação.

Esse programa, se aplicado de forma efetiva, tem o poder de elevar as relações interpessoais a um novo patamar, regidos pela confiança e cumplicidade, alcançando níveis de comprometimento e engajamento muito superiores aos encontrados nas organizações hoje em dia.

Como os profissionais devem aprender com esta questão?

A aplicação da empatia no dia a dia profissional deve ser feita respeitando o tempo de cada um e a palavra para alcançar os objetivos pretendidos é persistência. As relações entre duas pessoas não mudam drasticamente de um dia para outro. Esse é um trabalho que deve ser feito constantemente e essa mudança deve ser verdadeira, pois todos nós acabamos identificando quando estão querendo nos manipular.

Após a identificação de pontos de melhoria e da definição de planos de ação para atingir um melhor equilíbrio, iniciamos a interação com as demais pessoas, através dos módulos: Empatia Cognitiva e Emocional, Orientação para Servir e Foco no Desenvolvimento.

Empatia Cognitiva e Emocional: proponho a utilização de ferramentas que permitem conhecer um pouco mais as pessoas de nosso convívio, começando a construir conexões um pouco mais profundas. A principal ferramenta desta fase é a Escuta Ativa.

Orientação para Servir: apresenta teorias sobre necessidades, desejos e motivações humanas e como podemos utilizá-las para ajudar as pessoas a extrair o melhor de si.

Foco no Desenvolvimento: auxilia no aprimoramento da leitura sobre Poder e Influência e como é possível utilizar esse conhecimento para a conquista de nossos objetivos, assim como apoiar as pessoas de nosso relacionamento a traçarem metas para a conquista de seus objetivos.

Existe a falsa empatia? Como contornar a situação?

No meu ponto de vista não existe a falsa empatia, mas sim a empatia sendo usada com más intenções. Na História temos alguns exemplos sobre a utilização da empatia para manipular grandes massas em benefício daquele que detém esse poder.

O mais cruel exemplo é conhecido em todos os cantos de nosso planeta. Nascido na Áustria, esse personagem da história entendia muito bem o que o povo alemão pensava e desejava, e através de palavras de ordem conseguiu manipular o sonho de uma nação, para realizar o seu próprio sonho. O resultado todos nós sabemos: segunda Grande Guerra e com ela o Holocausto.

Exemplo mais recente da utilização da empatia em nosso país para manipular pessoas em busca de benefício próprio vem de Alagoas. Político de berço e com boa formação acadêmica, descobriu que o desejo de sua cidade também era o desejo de seu estado e de todo o País. Assim surgiu o caçador de marajás que, com grande habilidade, manipulou nossa nação.

Mais próximos de nosso dia a dia, temos exemplos de pessoas que tentam utilizar a Empatia para nos manipular. Vendedores que tentam fechar suas cotas a qualquer custo são exemplos de pessoas que buscam na empatia as armas para forçar uma venda.

Para evitar esse tipo de situação, precisamos estar atentos e perder o medo ou a vergonha para responder “Não”. Essa palavra possui um grande poder, e se bem utilizada, determina quais são os seus limites.

Quando seu chefe solicita a você a realização de atividades muito acima da sua capacidade e utiliza para isso a empatia para tentar te convencer, o seu “Não”, juntamente com argumentos justos e convincentes, estabelecerá o limite de até onde você pode ir, garantindo eficiência e qualidade na sua entrega.

Quais são as armadilhas da empatia?

Na utilização da empatia, seja no ambiente profissional ou pessoal, temos que tomar cuidado com algumas armadilhas.

A complacência é a primeira delas. Ao conhecer melhor a história de seu colaborador e conseguir se conectar emocionalmente, é possível que você seja menos rigoroso em algumas situações.

O fato de você conhecer suas origens e entender como ele pensa e age não quer dizer que você deva “deixar para lá” quando cometer algum deslize ou entregar algo diferente do que foi combinado.

O paternalismo é a segunda armadilha ou também podemos chamar de “queridinho do papai / queridinho da mamãe”. A conexão alcançada através da empatia pode fazer com que você privilegie um colaborador sem a utilização de critérios justos.

A falta de ação é a terceira armadilha. Quando a conexão com a outra pessoa se torna muito grande a ponto de você se identificar plenamente com seus problemas e aflições, é possível que você não consiga sair do estado do “muro das lamentações”.

Para não sermos nem complacentes e nem paternalistas, devemos lembrar que existem critérios de avaliação e de justiça que devem ser utilizados para nortear nossas ações. Caso você esteja infringindo seus critérios, provavelmente você está beneficiando alguém apenas pelo lado da emoção e outras pessoas não aprovarão sua atitude.

No caso da falta de ação, precisamos estabelecer conexões, porém não podemos nos transformar no “outro”. É sempre importante lembrar que o problema é “dele”, a indecisão é “dele” e que você está vendo tudo isso “de fora”. Ter clara essa divisão permite que você consiga direcionar seu interlocutor para a ação, ao invés de ficar apenas na lamentação.

Existem diferentes tipos de empatia? Quais?

A literatura sobre o tema apresenta três tipos de empatia, porém variam bastante na sua interpretação. A falta de consenso se justifica por se tratar de tema ainda recente e que muitos estudos e discussões ainda estão por vir.

De forma geral, os três tipos de empatia são: Cognitiva, Emocional e Preocupação Empática:

Empatia Cognitiva é aquela em que eu consigo saber o que a outra pessoa está pensando ou está vendo; Na Empatia Emocional eu consigo saber o que a outra pessoa está sentindo.

Em casos em que a conexão com a pessoa é muito forte, eu consigo até sentir o que a outra pessoa está sentindo. Já a Preocupação Empática é o impulso que nos move a ter disposição de ajudar uma pessoa.

No programa Empatia em Ação, trabalhamos no desenvolvimento de todos os tipos de Empatia e provocamos os participantes a seguirem para o próximo estágio: colocar em prática a Empatia para promover ações positivas.

E você, sabia que a empatia nas relações de trabalho era tão importante? Aproveite então para compartilhar o texto em sua rede social favorita para que seus amigos também possam ler!

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