Em um mercado cada vez exigente, especialmente com o momento complicado do país, voltar a trabalhar requer disciplina e uma boa dose de perseverança.
Pesquisa periódica publicada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) mostra que o medo de ser demitido cresceu 4,1% em março de 2016 em comparação com dezembro do ano passado, e 7,8% ante março de 2015.
Esse é o pior dado registrado na série histórica da pesquisa que começou a ser feita julho de 1999.
Mas a taxa do desemprego oculto, que inclui pessoas que realizam trabalhos não-remunerados, que não trabalham que estão procurando trabalho nos últimos 12 meses sem êxito é o que reflete de fato o quanto é angustiante ver mais um mês passar e nada do emprego aparecer.
De acordo com dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos), o número do desemprego oculto cresceu consideravelmente em algumas capitais brasileiras no período de um ano.
O último levantamento, de março/2016, mostra que o índice do desemprego oculto no Distrito Federal aumentou 35,7% comparado ao mesmo período de 2015, passando de 2,8% do total de desempregados, para 3,8%. Em São Paulo, a disparada foi menor, porém ainda com a significativa porcentagem de 25%, subindo de 2% para 2,5%.
Em Salvador o índice foi pouco mais baixo, porém ainda preocupante, aumentando 19,6% no período.
O primeiro passo para dar a volta por cima e não se abalar com esse cenário é entender as razões que complicam a volta às empresas.
Entre as mais citadas estão a distância dos fornecedores e clientes e falta de conhecimento de novas tecnologias.
Mas o principal problema mesmo está num tema que atinge muitos dos profissionais que estão parados: a falta de network empresarial, ou em bom português, falta de manter relacionamento com as empresas.
Mesmo longe do mercado, é fundamental manter relacionamento com as empresas, acompanhar e se interessar por novas ferramentas tecnológicas, ler um pouco sobre o que as empresas buscam em um profissional e, especialmente manter o currículo atualizado.
Só você possui informações completas sobre seus conhecimentos, habilidades, experiências, atitudes, conhecimento do mercado na área em que atua e sua formação acadêmica, não é mesmo?
Avaliar cada um desses atributos e projetar qual seria sua empregabilidade de acordo com eles é o primeiro passo para conseguir mais entrevistas e finalmente o novo emprego.
Essa avaliação vai nortear um plano de ações que o levará até o objetivo. Começando pelas suas áreas de preferência.
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Avalie as áreas em que atuou, mas não tenha preconceito: aceite pesquisar também outras áreas de que goste e nas quais seu perfil seja útil, mesmo que ainda não tenha atuado nela.
Não deixe de fazer atualizações, cursos e assistir a palestras e workshops que vão ajudar seu currículo a se destacar entre tantos disponíveis.
Se o problema é falta de dinheiro para investir na atualização, aproveite a a internet. Hoje há muitas opções de cursos online e gratuitos que podem ajudar você a estar atualizado.
Aproveite para investir em um curso de idiomas, cada vez mais as empresas precisam de profissionais que falem inglês ou espanhol, por exemplo.
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Além de melhorar o seu currículo, frequentar cursos é uma ótima maneira de retomar e criar nova rede de contatos. Relacionamento é tudo.
Pode parecer besteira, mas não é.
Ensaie suas respostas a eventuais entrevistas na frente do espelho.
Esteja preparado para explicar por que se afastou do mercado de trabalho e por que quer voltar agora.
Ensaiar ajuda você a ficar mais calmo e elaborar melhor suas respostas.
Que tal fazer cartões de visita? Não são muito caros e são uma ótima maneira de se apresentar.
Capriche em seu currículo aqui você precisar dos cursos de atualização.
Lembre-se de que um currículo que mostra um último emprego há um, dois ou mais anos parado não é atraente ao empregador.
Por isso, é importante torná-lo atraente: mostrando que, apesar de longe do mercado, você se manteve atento e atualizado.
As redes sociais, sites especializados como o da Catho, são ferramentas muito importantes hoje.
O Linkedin é obrigatório.
Cuidado com o que você posta nas redes sociais.
É lá que as empresas vão pesquisar sobre você.
Informe o nome dos locais onde trabalhou, o site (se tiver), mês e ano de entrada e de saída da empresa, as atividades que exercia, desafios encontrados e como foram superados.
Em momentos complicados como o que estamos vivendo neste momento no país, é preciso se preparar cada vez mais.
Enquanto espera o telefonema que vai recolocar você no mercado, melhore-se! Aprenda, se atualize e vá se tornando cada vez mais desejável para o futuro empregador.
E você? Está pronto para sua volta ao mercado? Mãos à obra!
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