Comunidade LGBTQIA+ no mercado de trabalho e seus desafios

Comunidade LGBTQIA+ no mercado de trabalho e seus desafios

Veja com exclusividade dados importantes sobre a comunidade LGBTQIA+ inserida no mercado e perceba seus principais desafios.

Comunidade LGBTQIA+ no mercado de trabalho

Em 28 de junho, é celebrado o Dia Internacional do Orgulho da Comunidade LGBTQIA+, após diversas manifestações e movimentos de extrema importância no ano de 1969 nos EUA, em decorrência de protestos que aconteceram nas redondezas do bar Stonewall (ponto de encontro frequente para o público LGBT), várias organizações de direitos homossexuais foram fundadas, dando início também às primeiras marchas do orgulho gay em prol de direitos igualitários, respeito e inclusão ao redor do mundo.

Pensando nisso, vamos falar neste mês sobre um assunto extremamente importante, a inclusão de pessoas LGBTQIA+ no mercado de trabalho.

O Center for Talent Innovation, realizou uma pesquisa, na qual foi constatado que 33% das empresas existentes no Brasil não contratariam pessoas LGBTQIA+ para cargos de chefia, e 41% dos funcionários LGBTQIA+ afirmam já terem sofrido algum tipo de discriminação em razão de sua orientação sexual ou identidade de gênero no ambiente de trabalho.

Vamos juntos entender melhor os desafios que essas pessoas enfrentam no mercado de trabalho, já que exclusão, preconceito e violação dos direitos é um tema recorrente na nossa sociedade.

 O público LGBTQIA+ ainda sofre com a discriminação

Infelizmente o público LGBTQIA+ ainda sofre com a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, inclusive no mercado de trabalho.

Mesmo com uma melhora significativa do aumento da conscientização social, muitas pessoas ainda enfrentam obstáculos. Em uma pesquisa realizada pela empresa de consultoria Santo Caos, foi constatado que 61% dos funcionários LGBT’s no Brasil escolhem esconder de colegas e gestores a sua orientação sexual por receio de represálias e possíveis demissões.

Já a Associação Nacional de Travestis e Transsexuais – Antra aponta que 90% desta população está na prostituição.

Muitas vezes, a exclusão que essa população sofre desde a sua infância, os impede de traçar um caminho com educação de qualidade, resultando em alguns casos em uma má formação profissional e, por conseguinte, falta de oportunidade de emprego formal.

A discriminação é ainda maior entre pessoas trans e gays denominados como os “afeminados”, aqueles de muitos “trejeitos”, mesmo quando eles possuem as qualificações necessárias, sofrem discriminação e não são contratados.

Quando contratados, é frequente que sejam obrigados a seguir normas sociais, ou seja, são instruídos a não falar ou a se vestir de maneira que oculte sua identidade de gênero e sexualidade, provocando um desconforto tão grande, que na maioria dos casos pela pressão sofrida, não aguentam e desistem da vaga.

De acordo com um levantamento realizado pela plataforma LinkedIn, 35% das pessoas que foram entrevistadas já sofreram algum tipo de discriminação velada ou direta em alguma empresa, o estudo revelou que piadas e comentários homofóbicos foram os mais citados entre as formas de discriminação atual, por isso, muitos evitam expressar sua sexualidade e identidade de gênero no trabalho, pois sentem que isso pode impactar negativamente em sua posição atual.

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Principais desafios dessa comunidade

Os desafios enfrentados pela população LGBTQIA+ no Brasil, vai muito além da crise econômica existente, pois é nítido o preconceito velado de muitas pessoas na contratação de membros da comunidade, o que agrava ainda mais a situação dessas pessoas.

Gustavo Santos, Assessor de Carreira e Psicólogo, relata ser muito importante que o público LGBTQIA+ inserido no mercado de trabalho, tenha voz e sejam ouvidos, e que também possam se assumir abertamente. 

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“Uma vez que esses indivíduos foram inseridos no mercado de trabalho, é importante que se tenha um acolhimento e uma política de cuidado, pois muitos por receio de uma má impressão se escondem, adquirindo com o passar do tempo diagnósticos, tais como: ansiedade, depressão e estresse, por não saberem lidar com as pressões de uma sociedade heteronormativa e essa imposição do que é certo e normal”.

A inclusão de pessoas LGBT’s nas organizações ainda é um grande desafio. Ao abordarmos sobre este tema, se faz necessário compreendermos a diferença entre diversidade e inclusão, uma vez que diversidade está atrelada a porcentagem de diferentes pessoas atuando na empresa, como por exemplo: negros, mulheres, LGBT’s, PCDs, entre outros, e inclusão é a prática da promoção de um tratamento igualitário a todos os grupos pertencentes aquele ambiente, que visa o direito das mesmas oportunidades de desenvolvimento e crescimento na carreira.

As indústrias e empresas têm restrições para contratar pessoas da comunidade

De acordo com uma pesquisa realizada pelo jornal G1, o estudo aponta que 38% das indústrias e empresas brasileiras têm restrições para contratar pessoas da comunidade LGBT. Este expressivo número, resulta muitas vezes na perda de grandes talentos que poderiam agregar significativamente nos negócios.

Conversamos com Eder Oliveira, Coordenador do SAC B2C da Catho, que reforça a importância da contratação de pessoas, independentemente de sua orientação sexual. “Um simples posicionamento da empresa traria tranquilidade para o candidato que focaria apenas em demonstrar suas competências para geração de resultados e experiências. Falta essa sensibilidade e acolhimento”.

Fato é, que empresas que se comprometem a melhorar esta situação, acabam sendo muito mais produtivas pelo fato de desenvolverem um ambiente plural, e consequentemente, geram impactos positivos como inovação, responsabilidade social, incentivo da marca, boa imagem da Cia, confiança aos consumidores e comprometimento com a sociedade.

É  preciso extinguir preconceitos e dar abertura para diálogos

Não existe uma receita pronta para a garantia de um ambiente seguro e saudável, existe a possibilidade de maior comunicação e empatia ao próximo.

Para isso é preciso extinguir preconceitos e dar abertura para maiores diálogos sobre o assunto, visando a melhor compreensão das diferenças, e entendimento de que somos o que somos. Em meio ao mundo corporativo existem obstáculos que surgem e coexistem, principalmente pela falta desses cuidados básicos.

Um exemplo extremamente importante para colocarmos em questão, o Coordenador Eder complementa: “Não é explícito que as empresas possuem cadeiras para todos. Falta clareza na comunicação. Uma dúvida que fica quando um homossexual vê uma vaga é: será que contratam pessoas afeminadas, que usam peruca e/ou que são trans?”

Infelizmente no Brasil não existem aplicações ou monitoramento de leis que ofereçam sanção àqueles que praticam atos de preconceito e/ou assédio contra indivíduos da comunidade. Por isso, é muito importante, além de falar, colocar em prática.

A promoção de práticas inclusivas (palestras, reuniões e dinâmicas) e o fortalecimento das políticas da empresa voltadas a essa questão, fortalecem significativamente os membros do grupo para melhor acolhimento e segurança, além da boa convivência entre colaboradores.

Somos todos seres humanos. Cada um possui sua trajetória, metas e propósitos. Pensando nisso e em nossa sociedade que é tão plural, não podemos aceitar perdas pela falta de respeito com a diversidade e preconceitos ultrapassados. Está na hora de mudarmos isso!

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Se assim como nós você se preocupa com a causa e luta para um país livre de preconceitos, aproveite e compartilhe em suas redes sociais o link desse texto.

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