Autonomia emocional significa exercer seu direito, sua liberdade e seu poder de escolha frente às mais variadas situações. Como sempre digo, acontecimentos acontecem e acontecerão. O que muda (e sempre vai poder mudar) é a maneira como VOCÊ ESCOLHE reagir aos acontecimentos.
Confira a seguir tudo sobre o assunto autonomia emocional. Vamos conferir?
Autonomia emocional é responsabilidade por si mesmo(a)
Uma das frases que mais ouço na minha sala de aula é: “eu seria muito mais feliz se não dependesse tanto dos outros” ou “eu gostaria de ser feliz independentemente do que dizem e pensam as pessoas”. Muitos de nós nos sentimos assim em um ou outro momento da vida, mas a verdade é que essa tal independência é quase impossível de ser alcançada.
Isso porque, como seres humanos, somos gregários e relacionais, o que significa que necessitamos da interação com o outro para validar a nossa própria existência.
Portanto, não é nossa missão que viremos ermitões, isolados no alto da montanha; ao contrário, é da nossa natureza que encontremos força na base da montanha, onde estão todos os demais, onde podemos estabelecer verdadeira e profunda conexão com o outro – o que nos dá, essencialmente, propósito de vida.
Agora, o que de fato buscamos, desde pequenos, é autonomia. Pense, por exemplo, em todos os passos que você mesmo(a) teve que percorrer para deixar de ser um bebê e se tornar uma criança; para sair da infância e virar adolescente; e para sair da adolescência e alcançar a fase adulta.
Aprender a engatinhar lhe deu autonomia, assim como deixar as fraldas, assim como aprender a manusear os talheres, assim como passar de ano, assim como ingressar na faculdade, assim como obter seu primeiro emprego. Tudo isso é sinônimo de autonomia, é prova de que você conseguiu dar conta por conta própria.
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Autonomia emocional x independência
Autonomia emocional é algo bem parecido com esse caminho que você já fez, mas, claro, relacionado aos seus sentimentos. É você dar conta das suas emoções por conta própria, independentemente do que o outro faça, diga ou pense.
Na prática, isso quer dizer que você não tem controle algum do comportamento alheio e não terá nunca condições de agradar a todos. O que você tem agora, já, nesse exato momento, é o poder de escolher como é que vai se sentir diante do comportamento alheio.
É muito simples, embora pareça tão difícil de assimilar, mas a verdade é que ficar ofendido(a), magoado(a), ressentido(a), raivoso(a) ou deprimido(a) diante do que o outro faz é uma escolha. Você é quem decide que é assim que vai se sentir ou que vai reagir ao que o outro lhe fez.
Mas, porque essa escolha muitas vezes é feita de maneira compulsiva e inconsciente, os resultados que as pessoas colhem a partir disso são sempre negativos – e, o pior, prejudiciais para elas mesmas, não necessariamente aos causadores de suas mágoas.
Vamos voltar ao caso da moça do início deste artigo? Para ela, estava muito clara a antipatia de seu novo chefe. Ele, de fato, agia de uma forma complicada. No entanto, o que ela estava fazendo era conceder, a ele, o poder sobre suas emoções.
- Estava nas mãos do seu chefe definir como é que seria o seu dia:Quão invalidada e incompetente ela se sentiria;
- Quantas vezes teria uma vontade súbita de pedir demissão;
- Quanto de medo ela sentiria ao ser tomada por essa vontade;
Enfim. Como ela estava apenas reagindo ao comportamento do chefe, sem consciência e sem autonomia, vivia, de fato, uma realidade tortuosa.
O que quero lhe mostrar, portanto, é que chefes e pessoas assim vão passar por nossas vidas e não teremos exatamente como controlar esse “fluxo”. No entanto, o que nós podemos fazer é decidir, com nossa consciência e com a nossa autoestima, como é que vamos lidar emocionalmente com esses indivíduos.
Do contrário, entregamos, ao outro, o poder de decidir como é que vamos viver.
Bem, acho que agora está muito claro: autonomia emocional é responsabilidade, é escolha. Eu decido como é que vou lidar com o seu comportamento.
Por outro lado, dependência emocional é autorizar, ao outro, que me magoe, irrite ou deprima, como se ele fosse responsável pela maneira como me sinto – o que, agora, você já sabe que não é verdade.