Síndrome de burnout: veja como pode afetar seu trabalho

sindrome de burnout

A síndrome de burnout é uma doença do trabalho reconhecida no ano de 2022, por conta dela é possível diagnosticar o esgotamento excessivo em trabalhadores de todas as idades e assim tratá-los. 

Conheça neste texto mais sobre esse distúrbio que afeta cerca de milhões de brasileiros todos os anos. Veja também as possíveis profissões que mais sofrem com essa síndrome e seus três pilares. 

Vamos conferir?! 

O que é a síndrome de burnout?

Conhecida também como a síndrome do esgotamento, o burnout é um distúrbio emocional e psíquico com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico.

Em geral, sua manifestação pode ser o resultado de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade.

Quem desenvolve a síndrome, normalmente possui um excesso de trabalho contínuo. Além disso, ela pode acontecer quando o profissional planeja ou é pautado para objetivos de trabalho e por algum motivo se sente fracassado. 

A síndrome de burnout, em seu estágio inicial, pode até ser confundida com estresse, depressão e/ou Síndrome do impostor. Ou seja, pode ocorrer quando um profissional está em um cenário que acredita não ter capacidades suficientes para cumprir todas as suas tarefas no trabalho.

O esgotamento causado pelo trabalho ou por quaisquer motivos, é pauta de pesquisas e palestras em conferências da área da saúde onde são discutidas as causas e tratamentos.

Por que o burnout afeta tantos trabalhadores?

A síndrome de burnout foi descrita em 1974 por Freudenberger, um médico americano. Em 2022,foi reconhecida como doença e recebeu o título de CID-10. 

Desde então, o transtorno está registrado no grupo dos fatores que influenciam a saúde de alguém que está inserido no mundo corporativo e  entre os problemas relacionados ao emprego e desemprego.

Por conta de rotinas cada vez mais aceleradas e horas contínuas de trabalho, muitos profissionais estão se queixando de fadiga e anulação de força de vontade. 

Muitas vezes esse sentimento realmente pode ser apenas uma fase de acúmulo de cansaço, não sendo algo crônico e doentio, mas em alguns casos, a desmotivação pode ser algo a mais. 

De acordo com uma pesquisa internacional da Talkspace’s Employee Stress Check, que abordou os motivos de desgosto com o trabalho, 57% dos entrevistados do mundo todo responderam que o salário baixo é o principal pilar para o estresse.

Quando perguntado aos trabalhadores o que mais afeta a saúde mental no serviço,  o esgotamento emocional ou Burnout ficou com 51%, a falta de flexibilidade da empresa está com 45% e excesso de horas extras estabeleceu seus 44%.

Esses  números podem dar uma ideia do quanto o mercado de trabalho deve se adaptar às novas realidades e problemas que um profissional moderno pode enfrentar. 

Além disso, cabe  às empresas estabelecer iniciativas para o bem-estar da saúde mental de seus colaboradores. 

Veja em outro texto mais sobre saúde mental no ambiente de trabalho e a importância do autocuidado. 

Principais motivos do burnout no trabalho 

Mesmo com tantos apontamentos de âmbito mundial, podemos também ressaltar alguns outros aspectos que podem despertar a síndrome de burnout.

Conheça agora esse indicativos que estreitam a relação entre colaborador e o esgotamento excessivo:

1. Exaustão ou cansaço a todo momento

Se sentir cansado o tempo todo, mesmo com pausas, é um dos primeiros alertas para o fato de que alguma coisa não está certa na rotina de trabalho. 

Quem sofre com Burnout está sempre exausto, mesmo após tarefas prazerosas, finais de semana e férias, em geral, isso acontece porque não existe mais o “relaxar”, pois a fadiga diz respeito a um total esgotamento psíquico e emocional.

2. Falta de proatividade

Abordando mais o dia a dia do trabalho, quando uma pessoa não tem proatividade, ou mesmo não tem vontade de realizar as atividades, ele não está engajado. 

Pois, quando está estressado e exausto, o profissional dificilmente estará motivado para se engajar com suas tarefas cotidianas e se envolver com os objetivos gerais da organização.

Essa falta de relacionamento com equipe e trabalho, pode ser um dos pontos de atenção para a evolução do burnout. 

Conheça também outro conteúdo sobre o quanto a insatisfação profissional afeta a sua vida e impede de ter sucesso profissional. 

3. Muitos pensamentos negativos

Não é incomum ter um colega que sempre tem algo a reclamar, mas isso nem sempre é má vontade e sim sinal que o ambiente se tornou adoecedor . 

Em muitos casos, a falta de fé no futuro denota uma desesperança geral, uma exaustão que vem do Burnout.

Por isso, fique atento sempre a esses sinais e aos apontamentos que colegas e familiares te contam. Nem sempre prestamos atenção em nossas ações ou sentimentos e por isso, o autoconhecimento é fundamental para um diagnóstico. 

Como se comporta alguém com Burnout?

Por mais estudos e divulgação que a síndrome de burnout possua, ela ainda pode ser confundida com outras doenças e distúrbios por conta de sua semelhança com alguns sintomas. 

Portanto, vamos mostrar abaixo alguns dos principais sinais e sintomas que podem indicar que uma pessoa tenha comportamentos relacionados ao transtorno. Veja:

  • Dor de cabeça e dores musculares  frequente;
  • Alterações no apetite;
  • Insônia;
  • Dificuldades de concentração;
  • Sentimentos de fracasso e insegurança;
  • Sentimentos de derrota e desesperança;
  • Alterações repentinas de humor;
  • Isolamento;
  • Pressão alta;
  • Problemas gastrointestinais;
  • Alteração nos batimentos cardíacos.

Além disso, quando um profissional está passando pelo burnout, ele tende a ficar apático, sem motivação e também tem mudanças bruscas de comportamento.

Podemos ressaltar que no trabalho, ele perde a vontade de realizar tarefas, mesmo aquelas não tão complexas, começa a reclamar demais sobre dificuldades e também apresenta um cansaço contínuo.  

Para evitar problemas mais sérios e complicações da doença, é fundamental buscar apoio profissional assim que notar qualquer sinal. 

Leia também o nosso texto que mostra a diferença entre boreout e burnout, as doenças mais vividas pelos trabalhadores. 

Como tratar a síndrome de burnout? 

Em primeiro lugar, é fundamental buscar por um psicólogo e/ou psiquiatra. Apenas aqueles com a validação desses profissionais é que podem afirmar ter a síndrome de burnout. 

Após isso, dependendo do grau da doença, o paciente pode necessitar do uso de medicamentos para combater doenças como a ansiedade e/ou depressão.

Além disso, c o tratamento desse distúrbio também pode incluir uma rotina de atividades físicas e exercícios de relaxamento, como yoga, para o controle do estresse e dos sintomas da síndrome. 

E se você está passando por isso ou conhece alguém, não deixe de buscar ajuda. O acompanhamento de um profissional da área de saúde é de extrema importância para o processo de cura, uma vez que serão eles irão ajudar o paciente a driblar o estresse com atitudes estratégicas.   

Qual a diferença entre burnout e estresse no trabalho?

Como já mencionado anteriormente, a síndrome de burnout pode ser facilmente confundida com outras doenças, pelo fato de que seus sintomas são bem semelhantes a ela.

O Burnout, a depressão e o estresse são problemas de saúde específicos, mesmo tendo sintomas semelhantes. Ambas as três são tratadas e classificadas de maneira distinta pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Umas das confusões mais comuns quando mencionada a doença, é com o estresse no trabalho, que nada mais é do que uma reação natural do organismo que ocorre quando vivenciamos situações de perigo ou ameaça.

O estresse em medidas normais é algo normal na vida de um adulto ou adolescente ativo, sendo de fácil tratamento. Já quando ocorre em extremo, pode sim se tornar patológico.

A principal diferença entre o burnout e o estresse é seu grau. Ou seja, quando uma pessoa está estressada e em um estado crônico e não é tratada, ela pode desencadear a síndrome.  

O ideal para que isso não ocorra é a atenção plena com a saúde mental. Fique de olho nos sintomas descritos acima e se necessário, busque tratamento rapidamente. 

E a diferença entre burnout e depressão?

Além da irritabilidade e cansaço extremo, a depressão é outro fator bastante relacionado com a síndrome de burnout. 

E sim, a tristeza e o isolamento podem ser um sinal de cansaço excessivo. Mas acalme-se, pois nem sempre ele significa que alguém está realmente com o transtorno. 

Podemos ressaltar as diferenças entre as duas doenças em suas classificações, onde o burnout é ligado mais a uma condição médica e a depressão é uma doença psiquiátrica crônica, que afeta pessoas de todas as idades. 

Um outro ponto relevante sobre a depressão é que ela pode ser bem relacionada ao desemprego e crises. Já nos piores cenários, a ela pode levar ao suicídio, que é a segunda maior causa de morte em jovens de 15 a 29 anos em todo o mundo.

Independente das desconfianças de algumas das duas doenças, buscar ajuda profissional sempre é a melhor saída. Com ela, as pessoas podem buscar a cura e focar em seu bem-estar. 

Mercado de trabalho e a doença do esgotamento 

A síndrome de burnout é mundialmente conhecida como a doença do trabalho e também é taxada como padrão quando mencionamos alguém que está extremamente cansado e estressado por conta do dia a dia na empresa. 

E essa correlação não é atoa. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), apenas no ano de 2019, cerca de 20 mil brasileiros pediram afastamento médico por conta de doenças mentais relacionadas ao trabalho. 

Em um cenário que cada vez mais os profissionais se sentem desvalorizados e também em um alto nível de competitividade, as condições da saúde mental podem ser afetadas. 

Uma pesquisa feita pelo Instituto Kronos revelou quais são os três principais fatores que provocam o burnout em um trabalhador, sendo: 

  • Remuneração injusta (41%);
  • Carga de trabalho excessiva (32%);
  • Excesso de horas trabalhadas (32%). 

Além disso, os entrevistados pelo Kronos contaram que uma gestão fraca, ambiente de trabalho tóxico e sentimento de não pertencer são outros motivos para a infelicidade dos colaboradores nas empresas.

Quando perguntado o que as empresas poderiam melhorar quanto ao cenário de prevenção, os trabalhadores levantaram pontos como a valorização, o respeito de seus limites, metas possíveis de serem alcançadas e transparência. 

Analisando, podemos então dizer que em uma organização que se esforça em oferecer condições melhores de trabalho pode sim evitar o surgimento dessas doenças em suas equipes. 

Licença trabalhista para o tratamento

Com o alto índice de diagnósticos positivos para a síndrome de burnout em empresas do mundo todo, aumentou-se também os pedidos de afastamentos para tratamento. 

Após a confirmação da doença e passar pela perícia médica, o trabalhador consegue uma licença médica por um período mínimo de 15 dias. 

Durante esse tempo, a remuneração continua sendo papel da empresa, porém, se o afastamento tiver a necessidade de ir além do período mínimo, o profissional pode solicitar o benefício auxílio-doença do INSS. 

Este auxílio serve como uma segurança financeira durante 12 meses mesmo com o emprego. 

E caso o trabalhador não consiga voltar às atividades por conta da Síndrome de Burnout, ele terá direito a aposentadoria por invalidez. 

Quais as profissões mais afetadas pela Síndrome de Burnout?

Sabemos que o estresse e a rotina de trabalho turbulenta não é característica apenas de uma profissão. Por isso, veja a lista dos cargos que são mais comuns de se alegar burnout:

  1. Área da saúde (médicos, enfermeiros, assistente social,etc);
  2. Advogados;
  3. Professores;
  4. Psicólogos e psiquiatras;
  5. Jornalistas;
  6. Oficiais de Justiça.

Vale ressaltar que a análise dessas profissões foram relacionadas às suas ações, ou seja, as atividades que o profissional tem em seu dia a dia que podem aumentar o nível de cansaço e evoluir para uma síndrome.

Nenhuma pessoa ou profissão está fora do alcance de doenças psíquicas ou físicas. Portanto, é importante sempre a busca de compreensão e profissionais competentes para o diagnóstico certo.   

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Autor

Jornalista, redatora chefe do Portal C&S desde 2020 e analista de conteúdo do time da Catho. Ama animais e é apaixonada pela escrita.

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