Modelo de currículo para PCD

uma mulher em uma cadeira de rodas e outra mulher com uma prótese de braço sentadas à mesa

Cada vez mais o mundo corporativo e o mercado de trabalho estão abrindo as portas para a diversidade e oportunizando a atuação de diversos profissionais, entre eles as pessoas com deficiência. Mas será que há alguma diferença na hora de montar o currículo para PCD?

Existem algumas observações pontuais que precisam de uma atenção maior, e neste post nós vamos te mostrar quais são, além de oferecer dicas de como montar o seu para se destacar e chamar atenção dos recrutadores. Continue a leitura e entenda!

Qual a diferença do currículo para PCD?

Embora a inclusão seja uma pauta que vem ganhando destaque no meio organizacional, muitas empresas ainda não possuem a estrutura necessária para receber pessoas PCD, seja ela no espaço físico ou no quadro de colaboradores.

Dessa forma, é importante informar no currículo qual é a deficiência e quais são as necessidades, para que assim, as organizações possam adaptar os ambientes de acordo com as limitações de cada funcionário.

Como criar um currículo para PCD? (passo a passo)

Como o cv será o primeiro contato entre empresa e candidato, nada melhor do que montar um bom currículo para já se destacar no início, não é mesmo?

A seguir, confira uma sugestão de estrutura de currículo para PCD.

1. Cabeçalho

O cabeçalho é a primeira parte do currículo e deve constar algumas informações pessoais e de contato, como nome completo, telefone e e-mail. Você pode incluir seu Linkedin ou portfólio, a depender da vaga.

Logo abaixo desses itens, você deve incluir qual a deficiência, juntamente do código de identificação da doença, o famoso CID. Você pode usar elementos de destaque para facilitar a leitura do recrutador, como usar a sigla “PCD”, ou algum símbolo na frente da descrição.

2. Objetivos profissionais

Neste campo você deve indicar a vaga que almeja e qual área de atuação pretende exercer. A dica aqui é incluir apenas as informações essenciais para o currículo e não se estender muito com explicações dispensáveis.

Muitas pessoas preenchem essa parte do CV discorrendo sobre anseios pessoais. Isso pode dar a impressão errada para o recrutador, como se você estivesse “enchendo linguiça”. Opte pela objetividade e precisão.

3. Formação acadêmica

No espaço da formação, você deve incluir os cursos realizados ao longo da sua carreira, desde a graduação até outras complementares. Elas auxiliarão no desenvolvimento do trabalho na área que deseja atuar.

É possível pontuar os treinamentos em tópicos ou em uma lista. Eles devem conter o nome do curso e da instituição que oferta o conteúdo, a data de início e de finalização.

4. Histórico profissional

Este campo é destinado para informar suas experiências profissionais, por isso, não altere dados nem inclua informações falsas, pois isso será questionado e afetará suas tarefas.

Aqui também é a oportunidade de desmistificar alguns mitos sobre PCD no mercado de trabalho e mostrar aos recrutadores que a deficiência não é um empecilho na realização das atividades cotidianas, desde que haja as adaptações necessárias.

5. Idiomas

Conhecer diferentes idiomas é sempre um bom diferencial para se destacar em processos seletivos. Caso você tenha algum conhecimento em línguas estrangeiras, vale a pena incluir no currículo.

Pontue separadamente quais idiomas você domina e qual o nível de conhecimento, se é inicial, intermediário ou avançado. Isso pode afetar a delegação de tarefas.

6. Informações sobre a deficiência

Ao final do currículo, você deve apresentar nos assuntos complementares informações sobre a deficiência. Dessa forma, as empresas saberão se possuem a estrutura necessária para te receber.

Confira logo abaixo, algumas das informações para que a condição seja compreendida plenamente e possíveis mudanças sejam feitas.

Laudo médico

laudo médico ou certificado do INSS são documentos necessários, uma vez que a pessoa se declara PCD. Assim, você comprova a veracidade da informação fornecida e pode seguir com os alinhamentos institucionais.

Grau da deficiência

Toda condição possui um grau e este deve ser descrito no currículo para maior entendimento da situação. Uma pessoa com deficiência visual pode apresentar baixa visão, cegueira total ou cegueira parcial, por exemplo. Dessa forma, fica mais fácil de entender a situação e determinar tarefas.

Limitações

Ao longo do processo de desenvolvimento profissional, todos apresentamos limitações particulares — não é diferente para pessoas com deficiência. Assim sendo, ao final do seu currículo, informe as restrições na sua rotina.

Uma pessoa cega pode precisar de conteúdos produzidos em braile. Já pessoas cadeirantes precisam de um espaço confortável e que possibilite sua locomoção. Por isso, a descrição das necessidades é de extrema importância.

Informações adicionais

Este campo se reserva para necessidades particulares de cada deficiência. Algumas pessoas vão precisar de acompanhante, outras de barras de apoio no banheiro, entre outras. Assim vai de acordo com a deficiência de cada um.

Informe ao seu contratante qual é essa particularidade para que ele esteja preparado para te receber assim que você começar sua jornada no seu novo emprego.

7. Carta de apresentação

Existem diferentes tipos de currículo e alguns deles aceitam a carta de apresentação como um complemento dos dados. Essa ferramenta funciona como uma prévia do currículo e descreve o perfil do candidato.

É uma opção interessante para quem deseja prolongar um pouco mais a explicação da deficiência, suas necessidades e demais informações que considerar relevantes.

No entanto, lembre-se de que essa carta de apresentação é uma prévia das suas habilidades profissionais e que a descrição da deficiência não deve se sobressair em relação às suas profissionais — que são o foco principal no processo seletivo.

Ao falar sobre sua deficiência seja claro e objetivo. Deixe os por menores para o bate-papo da entrevista, afinal, a conversa cara a cara faz a maior diferença.

Pessoas com deficiência no mercado de trabalho

É possível identificar empresas que realizam processos seletivos exclusivamente para pessoas com deficiência. Isso porque já existem leis de cota para PCD que garantem espaços de desenvolvimento profissional para essas pessoas.

Segundo a lei federal 8.213/91, organizações que possuem entre 100 a 200 colaboradores, devem destinar 2% de suas vagas para pessoas com deficiência.

Já as que possuem entre 201 e 500 pessoas em seu quadro de funcionários, devem destinar 3% das vagas a candidatos PCD.

Mas vale lembrar que, mesmo em processos destinados a pessoas com deficiência, é importante fazer o currículo adaptado com os dados da deficiência em questão.

Modelo de currículo para PCD

Agora que você já anotou os passos ideais para se criar um currículo para PCD, é hora de conferir o nosso modelo para você se basear. Lembre-se de:

  • Não criar um documento com mais de 2 páginas;
  • Sempre manter os dados atualizados;
  • Conferir as informações;
  • Verificar se não há erros ortográficos;
  • Inserir apenas as informações que forem mais coerentes com a vaga;
  • Escrever de forma objetiva.

A seguir, conheça um documento em formato PDF para servir como base para o seu currículo PCD. Nele, você terá as sequencias corretas dos ícones e também as indicações para preencher com seus dados. Aproveite e faça o download grátis clicando no botão!

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